INFLUÊNCIA DA REMUNERAÇÃO E DO CAPITAL HUMANO NO CRESCIMENTO INTERNO DA FIRMA

Autores

  • Roberto Francisco de Souza PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade - UNIOESTE
  • Delci Grapegia Dal Vesco Doutora em Contabilidade pela Fundação Universidade Regional de Blumenau Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel.

Palavras-chave:

Remuneração de Executivos, Capital Humano, Crescimento Interno da Firma, Equações Estruturais, Controladoria

Resumo

O estudo objetiva verificar a influência da Remuneração e suas dimensões (remuneração estratégica, remuneração inteligente e incentivos), e do Capital Humano no Crescimento Interno da Firma. A metodologia utilizada caracteriza-se como descritiva, realizada por meio de levantamento ou survey, com abordagem quantitativa do problema e análise de dados por meio de estatística descritiva e Modelagem de Equações Estruturais (PLS). O universo de pesquisa contemplou empresas do setor financeiro (bancos públicos, privados e cooperativas de crédito) pertencentes à base territorial do Sindicato dos Bancários sediada em Cascavel, PR, com amostra não probabilística e por conveniência. O levantamento de dados foi realizado pela aplicação de questionário direcionado aos gerentes e funcionários com poder decisão nas empresas objeto de estudo. Os resultados mostram que as cooperativas de crédito se situam no terceiro estágio de crescimento, enquanto os bancos públicos e privados apresentam características do quarto estágio. A remuneração por opção de ações não é praticada para o nível gerencial pesquisado, e os incentivos se aplicam à quase totalidade dos respondentes. O Capital Humano das empresas objeto de estudo constitui-se por funcionários jovens, qualificados e a maioria atua há mais de cinco anos na empresa. Quanto ao modelo, os resultados mostram que a Remuneração Inteligente, os Incentivos e o Capital Humano influenciam positivamente o crescimento interno da firma; no entanto, a remuneração estratégica não influenciou o crescimento. O efeito moderador Estágios de Crescimento altera a relação entre o Capital Humano e o Crescimento Interno da Firma, contribuem para o Crescimento Interno da Firma. Nos estágios iniciais existe a necessidade de maior utilização de Capital Humano e, consequentemente, o Crescimento Interno é mais acentuado.

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Biografia do Autor

Roberto Francisco de Souza, PPGC - Programa de Pós - Graduação / Mestrado em Contabilidade - UNIOESTE

Mestre em Contabilidade pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)

Professor dos cursos de graduação em Ciências Contábeis e Administração no Centro Universitário Maurício de Nassau - Salvador (UNINASSAU)

Delci Grapegia Dal Vesco, Doutora em Contabilidade pela Fundação Universidade Regional de Blumenau Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, campus de Cascavel.

Pós-doutora em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná-UFPR; doutora em Contabilidade e Administração pela Universidade Regional de Blumenau, SC; mestre em Contabilidade pela Universidade Federal do Paraná, PR. Coordenadora e Professora do Mestrado em Contabilidade da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Campus de Cascavel-PR. Professora do Mestrado Profissional em Administração da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Campus de Cascavel-PR. Professora do curso de graduação de Ciências Contábeis e do Membro do Núcleo de Pesquisas em Controladoria e Sistemas de Controle Gerencial da UFSC. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Ciências Contábeis. Publicou 5 livros, destes 4 foram pela editora Atlas.

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Publicado

2019-02-07

Como Citar

de Souza, R. F., & Dal Vesco, D. G. (2019). INFLUÊNCIA DA REMUNERAÇÃO E DO CAPITAL HUMANO NO CRESCIMENTO INTERNO DA FIRMA. Advances in Scientific and Applied Accounting, 11(2), 308–329. Recuperado de https://asaa.emnuvens.com.br/asaa/article/view/396

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