RELAÇÃO ENTRE AMBIDESTRALIDADE E SISTEMAS DE CONTROLES GERENCIAIS EM ONGS BRASILEIRAS
DOI:
https://doi.org/10.14392/asaa.2020130308Palavras-chave:
Ambidestralidade Organizacional, Sistemas de Controles Gerenciais, organizações não governamentais.Resumo
Objetivo: Baseado em dois construtos, a Ambidestralidade, que preconiza o alcance do equilíbrio das ações de inovações radicais e incrementais, e os Sistemas de Controles Gerenciais, entendidos como um conjunto de esforços com o objetivo de aumentar a probabilidade de que as pessoas tenham comportamentos e objetivos alinhados aos objetivos organizacionais, este artigo tem por objetivo investigar a relação entre o uso de Sistemas de Controles Gerenciais e a Ambidestralidade Organizacional em ONGs Brasileiras.
Metodo: A pesquisa é descritiva com abordagem quantitativa, realizada por meio de survey como instrumento de coleta de dados, utilizando escala do tipo Likert. A amostra da pesquisa compreendeu 227 respostas válidas de um universo de 2.200 unidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) distribuídas em mais de 2.000 municípios brasileiros. A análise dos dados foi realizada a partir de estatística descritiva, testes de correlação de Pearson e regressão linear múltipla.
Resultados: A literatura tem abordado a relação entre esses dois construtos em organizações privadas, evidenciando relação positiva entre eles. A abordagem neste trabalho, traz como resultados a evidenciação de que em organizações não governamentais esta relação também é positiva e significativa, indicando que, o uso dos Sistemas de Controles Gerenciais pode propiciar um ambiente inovador.
Contribuições: Os resultados encontrados contribuem para a compreensão do uso de Sistemas de Controles Gerenciais em seus vários níveis e suas relações com as ações de inovação com vistas ao desenvolvimento dessas organizações.
Downloads
Referências
Abernethy, M. A. & Chua, W. F. (1996). A field study of control system “redesign”: The impact of institutional processes on strategic choice. Contemporary Accounting Research, (13), 569-606.
Antunes, M. G., Queiroz, J. T., & Justino, M. R. T. F. (2018). Role of Management Control Systems in Quality, Innovation and Organizational Performance in Portugal. SMES Companies. International Journal of Innovation and Technology Management, 15(2), 22 http://dx.doi.org/10.1142/S0219877018500141.
Atuahene-Gima, K. (2005). Resolving the capability-rigidity paradox in new product innovation. Journal of Marketing, 69(4), 61–83.
Bedford, D. S. (2015). Management control systems across different modes of innovation: Implications for firm performance. Management Accounting Research, 28, 12-30, http://dx.doi.org/10.1016/j.mar.2015.04.003.
Bedford, D. S., Malmi, T., & Sandelin, M. (2016). Management control effectiveness and strategy: An empirical analysis of packages and systems, Accounting, Organizations and Society. 51 12-28. http://dx.doi.org/10.1016/j.aos.2016.04.002.
Bedford, D. S., Bispe, J., & Sweeney, B. (2019). Performance measurement systems as generators of cognitive conflict in ambidextrous firms. Accounting, Organizations and Society, 72, 21-37, https://doi.org/10.1016/j.aos.2018.05.010.
Beltrami, L. C., Gomes, S. M., & Araújo, D. M. (2013). Sistemas de controle gerencial e desempenho corporativo: um estudo empírico em instituições de ensino superior. In: EnANPAD, 37, Anais eletrônicos. Rio de Janeiro, Brasil.
Benner, M. J., & Tushman, M. L. (2003). Exploitation, exploration and process management: The productivity dilemma revisited. Academy of Management Review, 28(2), 238-257, https://doi.org/10.5465/amr.2003.9416096.
Beuren, I. M., & Oro, I. M. (2014). Relação entre estratégia de diferenciação e inovação, e sistemas de controle gerencial. Revista de Administração Contemporânea [S.l.], 18(3), 285-310, http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac20141394.
Birkinshaw, J., Zimmermann, A., & Raisch, S. (2016). How do firms adapt to discontinuous change? Bridging the dynamic capabilities and ambidexterity perspectives. California Management Review, 58(4), 36-58, http://doi:10.1525/cmr.2016.58.4.36.
Bonner, S. E., & Sprinkle, G. B. (2002). The effects of monetary incentives on effort and task performance: Theories, evidence, and a framework for research. Accounting Organizations and Society 27(4/5), 303-345.
Cohen J. (1977). Statistical power analysis for the behavioral sciences. San Diego, CA: Academic Press.
Cooper, D. R., & Schindler, P. S. (2016). Métodos de Pesquisa em Administração. (12a. ed.). Porto Alegre: AMGH.
Costa, E., Ramus, T., & Andreaus, M. (2011). Accountability as a managerial tool in non-profit organizations: evidence from Italian CSVs. Voluntas, 22(3), 470-493.
Dancey, C. P.; Reidy, J. (2006). Estatística sem matemática para psicologia: usando SPSS para Windows. 3. ed. Porto Alegre: Artmed.
Davila, A., Foster, G., & Oyon, D. (2009). Accounting and Control, Entrepreneurship and Innovation: Venturing into New Research Opportunities. European Accounting Review, 18(2), 281-311, https://doi.org/10.1080/09638180902731455.
Duncan, R. B. (1976). The ambidextrous organization: designing dual structures for innovation. In: R. H. Kilman, L. R. Pondy, D. Slevin (Eds.), The management of organization design: strategies and implementation (pp. 167-188). New York: University of Pittsburgh.
Fagerberg, J. (2005). Innovation: a guide to the literature. In: J. Fagerberg, D. C. Mowery, & R. R.
Fávero, L. P., & Belfiore, P. (2017). Análise de Dados, estatística e modelagem multivariadas com Excel, SPSS e Stata. (1ª. ed.). São Paulo: Atlas.
Flamholtz, E. G., Das, T. K., Tsui, A. S. (1985). Toward an integrative framework of organizational control. Accounting, Organizations and Society, 10:35-50.
Flamholtz, E. (1996). Effective organizational control: a framework, applications, and implications. European Management Journal, 14(6), 596-611.
Frezatti F., Bido, D. S. de, Cruz, A. P. C. da, & Machado, M. J. C. de (2012). O papel do BSC na gestão da inovação. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 36.
Frezatti, F., Bido, D. S., Cruz, A. P. C., & Machado, M. J. C. (2017). Impacts of Interactive and Diagnostic Control System Use on the Innovation Process. BAR - Brazilian Administration Review, 14. https://doi.org/10.1590/1807-7692bar2017160087.
Gilsing, C. B. (2003). Exploration, exploitation and co-evolution in innovation networks. Rotterdam: Erasmus University Rotterdam.
Gupta, A. K., Smith, K.G., & Shalley, C. E. (2006). The interplay between exploration and exploitation. Academy of Management Journal, 49(4), 693-706.
Hall, B. (2010). The Financing of Innovative Firms. Review Of Economics And Institutions, 1(1). doi: http://dx.doi.org/10.5202/rei.v1i1.4
Jansen, J. J. P., Van Den Bosh, F. A. J., & Volberda, H. W. (2006). Exploratory Inovation, Exploitative Innovation and Performance: Effects of Organizational and Environmental Moderators Antecedents. Management Science, 52(11), 1661-1674.
Julian, D., & Clapp, J. (2000). Outcomes based funding and the logic model: Mechanisms for coordinating human services at the local level. Evaluation and Program Planning, 23(2), 231-240.
Kruis, A., Speklé, R. F., & Widener S. K. (2016). The Levers of Control Framework: An exploratory analysis of balance. Management Accounting Research, 32, 27-44. http://dx.doi.org/10.1016/j.mar.2015.12.002.
Kuchpil, I. (2019). Ambidestralidade Organizacional: Uma investigação de suas relações no desempenho de uma instituição financeira brasileira. Dissertação, Universidade Positivo, Curitiba. Paraná.
Lin, C., & Chang, C. C. (2015). A patent-based study of the relationships among technological portfolio, ambidextrous innovation, and firm performance. Technology Analysis & Strategic Management, 27(10), 1193- 1211. https://doi.org/10.1080/09537325.2015.1061119.
Lubatkin, M. H., Simsek, Z., Ling, Y., & Veiga, J. F. (2006). Ambidexterity and performance in small- to mediumsized firms: The pivotal role of top management team behavioral integration. Journal of Management, 32, 646-672. https://doi:10.1177/0149206306290712.
Mackey, J. T., & Deng, F. J. (2016). Examining the Role of Management Control Systems in the Creation of an Innovative Culture. International Journal of Innovation and Technology management, 13(3). doi: https://doi.org/10.1142/S0219877016400022.
Malmi, T., & Brown, D. A. (2008). Management control systems as a package: Opportunities, challenges and research directions. Management Accounting Research, 19(4), 287-300. https://doi.org/10.1016/j.mar.2008.09.003
March, J. G. (1991) Exploration and exploitation in organizational learning. Organizational Science, 2(1), 71-87.
Martins, A. M., & Domingues, O. (2017). Estatística Geral e Aplicada. (6a. ed.). São Paulo: Atlas S.A.
Merchant, K. A., & Van der Stede, W. A. (2007). Management control systems: Performance measurement, evaluation and incentives (2a. ed.). Essex: Prentice Hall.
Moxham, C. (2009). Performance measurement: Examining the applicability of the existing body of knowledge to nonprofit organizations. International Journal of Operations and Production Management, 29, 740-763. https://doi.org/10.1108/01443570910971405.
OCDE Organização para cooperação e desenvolvimento econômico (2018). Manual de Oslo: diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação (4a. ed.). Paris.
Oliveira, A. S., & Callado, A. A. C. (2018). Fatores contingenciais e o controle gerencial: uma avaliação em organizações não governamentais (ongs) brasileiras. ASAA JOURNAL - Advances in Scientific and Applied Accounting, 11(1), 092-109. http://dx.doi.org/10.14392/asaa.2018110105.
Otley, D. T. (1980). The contingency theory of management accounting: achievement and prognosis. Accounting Organizations and Society, 4, 413–428.
Pletsch, C. S., Lavarda, C. E. F., & Lavarda, R. A. B. (2016). Sistema de controle gerencial e sua contribuição para tensões dinâmicas. Enfoque: Reflexão Contábil, 35(3), 69-82. https://doi.org/10.4025/enfoque.v35i3.31344.
Popadiuk, S. (2015). Exploração, explotação e ambidestria: Inovação para a geração de valor. São Paulo: Mackenzie.
Probst, G., & Raisch, S. (2005). Organizational crisis: The logic. Academy of Management Executive, 19(1), 90-105. https://doi.org/10.5465/ame.2005.15841958.
Raisch, S., Birkinshaw, J., Probst, G., & Tushman, M. L. (2009). Organizational Ambidexterity: Balancing Exploitation and Exploration for Sustained Performance. Organization Science, 20(4), 685-695. https://doi10.1287/orsc.1090.0428.
Ramadan, M. A., & Borgonovi, E. (2015). Performance Measurement and Management in NonGovernmental Organizations. IOSR Journal of Business and Management, 17(2), 70-765. https://doi:10.9790/487X-17237076.
Revellino, S., & Mouritsen, J. (2009). The multiplicity of controls and the making of innovation. European Accounting Review, 8(2), 341-369. https://doiI:10.1080/09638180802681529.
Scandelari, V., & Cunha, J. (2013). Ambidestralidade e desempenho socioambiental de empresas do setor eletroeletrônico. RAE-Revista De Administração de Empresas, 53(2), 183-198.
Schumpeter, J. A. (1985). A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo: Nova Cultural.
Simons, R. (1990). The role of management control systems in creating competitive advantage: new perspectives. Accounting, Organizations and Society, 15(112), 127-143.
Simons, R. (1995). Levers of Control. Harvard Business School Press, Boston.
Soares, J. L., dos Reis, D. R., da Cunha, J. C., & Steiner Neto, P. J. (2018). Organizational Ambidexterity: A Study in Brazilian Higher Education Institutions. Journal of technology management & innovation, 13(3), 36-46. http://dx.doi.org/10.4067/S0718-27242018000300036.
Teelken, C. (2008). The intricate implementation of performance measurement systems: Exploring developments in professionalservice organizations in the Dutch non-profit sector. International Review of Administrative Sciences, 74(4), 615-635,http://doi:10.1177/0020852308098471.
Tushman, M, O'Reilly, C. (1996). Ambidextrous Organizations: Managing Evolutionary and Revolutionary Change. California Management Review, 38(4), 8-29.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados no ASAA Journal são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais. O ASAA Journal permitirá o uso dos trabalhos publicados para fins não comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho para bases de dados de acesso público. Os artigos publicados são de total e exclusiva responsabilidade dos autores. Não há encargos para submissão/publicação ou taxas para processamento de artigos (Articles Processing Charge - APC).