Uso do Controle Gerencial como Estímulo à Resiliência Organizacional: Survey Single Entity em uma Empresa do Setor de Derivados de Petróleo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14392/asaa.2023160308

Palavras-chave:

Resiliência Organizacional, Sistema de Controle Gerencial, Survey Single Entity, Gestão da Resiliência, Resiliência Estratégica

Resumo

Objetivo(s): Investigar como o uso do Sistema de Controle Gerencial influencia na gestão da resiliência organizacional de uma empresa brasileira.

Método: Desenvolveu-se um survey single entity em uma empresa do setor de comércio de derivados de petróleo, com estrutura, porte e sistema de controle gerencial demandados para a investigação. O levantamento dos dados ocorreu a partir de um questionário enviado aos executivos de diversas áreas da organização. Para análise dos dados o modelo estrutural foi estimado por meio do método dos mínimos quadrados parciais (PLS-PM - Partial Least Squares Path Modeling).

Resultados: Os resultados suportam a hipótese de que o uso do sistema de controle gerencial impacta positivamente na resiliência estratégica. Observou-se que elevados níveis do uso do sistema de controle gerencial nas formas de sistemas de crenças, restrições, uso diagnóstico e uso interativo aumentam a capacidade da organização para a resiliência ao atuarem de forma proativa, com visão estratégica frente às adversidades do cenário empresarial, proporcionando a renovação da estratégica proposta por Simons (1995).

Contribuições: A contribuição teórica está no desenvolvimento de um modelo que visa auxiliar as organizações na gestão da resiliência organizacional por meio dos sistemas de controle gerencial. A utilização do mapa de prioridade para análise de dados trouxe um caráter prático de modo a auxiliar os gestores a decidirem qual padrão de controle melhor se adequa às circunstâncias em que operam e aos seus desafios estratégicos, contribuindo para a compreensão de como o uso do sistema de controle gerencial impacta a resiliência no ambiente organizacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Acquaah, M. (2013). Management control systems, business strategy and performance: a comparative analysis of family and non-family businesses in a transition economy in Sub-Saharan Africa. Journal of Family Business Strategy, 4, 131-146. http://doi.org/10.1016/j.jfbs.2013.03.002.

Acquaah, M., Amoako-Gyampah, K., & Jayaram, J. (2011). Resilience in family and nonfamily firms: an examination of the relationships between manufacturing strategy, competitive strategy and firm performance. International Journal of Production Research, 49(18), 5527-5544. https://doi.org/10.1080/00207543.2011.563834

Aguiar, A. B., Pace, E. S. U., & Frezatti, F. (2009). Análise do inter-relacionamento das dimensões da estrutura de sistemas de controle gerencial: um estudo piloto. Rac-Eletrônica, 3(1), 1-21. Retrieved from http://www.anpad.org.br/periodicos/arq_pdf/a_831.pdf

Akgün, A. E., & Keskin, H. (2014, September). Organisational resilience capacity and firm product innovativeness and performance. International Journal of Production Research, 52(23), 6918-6937. https://doi.org/10.1080/00207543.2014.910624

Alves, B. C., Zonatto, V. C. S., Machado, F. S., Marquezan, L. H. F., & Flores, J. S. (2022). Influência do sistema de controle gerencial e do compartilhamento de informações na resiliência organizacional. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, 27(3), 36-56. Retrieved from http://www.atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-08/index.php/UERJ/article/view/3822/2880

Anderson, S. W., & Widener, S. K. (2006). Doing quantitative field research in management accounting. Handbooks of Management Accounting Research, 1, 319-341. https://doi.org/10.1016/S1751-3243(06)01012-1

Annarelli, A., & Nonino, F. (2016). Strategic and operational management of organizational resilience: current state of research and future directions. Omega, 62, 1-18. http://doi.org/10.1016/j.omega.2015.08.004

Anthony, R. N., & Govindarajan, V. (2008). Sistemas de controle gerencial. São Paulo: McGraw-Hill.

Baird, K., Su, S., & Munir, R. (2023). The mediating role of levers of controls on the association between sustainable leadership and organisational resilience. Journal of Manag Control, 34, 167–200. https://doi.org/10.1007/s00187-023-00354-1

Berry, A. J., Broadbent, J., & Otley, D. (2005). Management control: theories, issues and performance. (2nd ed.). New York: Palgrave Macmillan, 2005.

Beuren, I. M., & Santos, V. (2019). Sistema de controle gerencial habilitantes e coercitivos e resiliência organizacional. Revista Contabilidade e Finanças 30(81), 307-323. https://doi.org/10.1590/1808-057x201908210

Beuren, I. M., Santos, V., & Bernd, D. C. (2020). Efeitos do sistema de controle gerencial no empowerment e na resiliência organizacional. Brazilian Business Reviw 17(2), 211–232. https://doi.org/10.15728/bbr.2020.17.2.5

Bhamra, R., Dani, S., & Burnard, K. (2011). Resilience: the concept, a literature review and future directions. International Journal of Production Research, 49(18), 5375-5393. http://doi.org/10.1080/00207543.2011.56382

Brown, T. A. (2006). Confirmatory factor analysis for applied research. New York: The Guilford Press.

Burnard, K., & Bhamra, R. (2011). Organisational resilience: development of a conceptual framework for organisational responses. International Journal of Production Research, 49(18), 5581-5599. https://doi.org/10.1080/00207543.2011.563827

Cavalcante, M. M. (2013). Engajamento no trabalho, bem-estar no trabalho e capital psicológico: um estudo com profissionais da área de gestão de pessoas. (Dissertação de mestrado em Gestão de Organizações). Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo.

Chen, C. X., Lill, J. B., & Vance, T. W. (2014). Why do we work? empirical evidence on work motivation and the effects of management control system design on work motivation. In AAA 2015 Management Accounting Section (MAS) Meeting. December 1, 2014. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.2481153

Chin, W. W., Thatcher, J. B, Wright, R. T., & Steel, D. (2013, Springer). Controlling for common method variance in PLS analysis: the measured latent marker variable approach. In. H. Abdi et al. (Eds.). New perspectives in partial least squares and related methods. Proceedings at 56 Mathematics & Statistics. (pp. 231-239). New York Science+Business Media. https://doi.org/10.1007/978-1-4614-8283-3_16

Cohen, J. (1977). Statistical power analysis for the behavioral sciences. (Revised edition). New York: Academic Press.

Cordeiro, H. T. D., & Albuquerque, L. G. (2016). Validação da escala de atitudes de carreira sem fronteiras e carreira proteana no Brasil. Revista de Carreiras e Pessoas (ReCaPe), 6(2), 118-137 https://doi.org/10.20503/recape.v6i2.29409

Davila, A., & Foster, G. (2008). The adoption and evolution of management control systems in entrepreneurial companies: evidence and a promising future. Handbooks of Management Accounting Research, 3, 1323-1336. http://doi.org/10.1016/S1751-3243(07)03006-4

Davila, A., Foster, G., & Li, M. (2009). Reasons for management control systems adoption: insights from product development systems choice by early-stage entrepreneurial companies. Accounting, Organizations and Society, 34(3-4), 322-347. https://doi.org/10.1016/j.aos.2008.08.002

Faul, F., Erdfelder, E., Lang, A. G., & Buchner, A. (2007). G* Power 3: a flexible statistical power analysis program for the social, behavioral, and biomedical sciences. Behavior Research Methods, 39(2), 175-191. https://doi.org/10.3758/BF03193146

Frare, A. B., Leite, F. K., Cruz, A. P. C. da, & D’Avila, L. C. (2023). Mecanismos de controle gerencial, imprevisibilidade ambiental e resiliência organizacional. Revista Contabilidade & Finanças, 34(91). https://doi.org/10.1590/1808-057x20221677.pt

Hair, J. F., Jr., Hult, G. T. M., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2017). A primer on Partial Least Squares Structural Equation Modeling (PLS-SEM). Los Angeles: SAGE Publications.

Hamel, G., & Välikangas, L. (2003). The quest for resilience. Harvard Business Review, 81(9), 52. Retrieved from https://hbr.org/2003/09/the-quest-for-resilience

Lee, A. V., Vargo, J., & Seville, E. (2013, February). Developing a tool to measure and compare organizations’ resilience. Natural Hazards Review, 14(1), 29-41. https://doi.org/10.1061/(ASCE)NH.1527-6996.0000075

Lengnick-Hall, C. A., & Beck, T. E. (2005). Adaptive fit versus robust transformation: how organizations respond to environmental change. Journal of Management, 31(5), 738-757. Retrieved from http://doi.org/10.1177/0149206305279367

Lengnick-Hall, C. A., & Beck, T. E. (2009). Resilience capacity and strategic agility: prerequisites for thriving in a dynamic environment. In C. Nemeth, E. Hollnagel, & S. Dekker (Eds.). Preparation and restoration. (pp. 39-70). Aldershot UK: Ashgate Publishing.

Lengnick-Hall, C. A., Beck, T. E., & Lengnick-Hall, M. L. (2011). Developing a capacity for organizational resilience through strategic human resource management. Human Resource Management Review, 21(3), 243-255. http://doi.org/10.1016/j.hrmr.2010.07.001

McManus, S., Seville, E., Brunsdon, D., & Vargo, J. (2007). Resilience management: a framework for assessing and improving the resilience of organizations executive summary. New Zealand: Research Report, Resilient Organizations Programme.

Mikulić, J., Prebežac, D., & Dabić, M. (2016). Importance-performance analysis: common misuse of a popular technique International Journal of Market Research, 58(6), 775-778. https://doi.org/10.2501/IJMR-2016-051

Mucci, D. L. M., Frezatti, F., & Dieng, M. (2016). As múltiplas funções do orçamento empresarial. RAC, 20(3), 283-304. http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac2016140121

Nascimento, R. M. C. S. V. (2014). Resiliência estratégica: uma contribuição para o desenvolvimento das organizações. (Tese de doutorado. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa), Lisboa, Portugal.

Ringle, C. M., Wende, S., & Becker, J. M. (2015). "SmartPLS 3." Boenningstedt: SmartPLS GmbH. http://www.smartpls.com

Salgado, C. O. M. (2013). Componentes da resiliência organizacional. (Dissertação de mestrado. Universidade do Minho), Braga, Portugal.

Simons, R. (1995). Levers of control: how managers use innovative control systems to drive strategic renewal. Boston, Massachusetts: Harvard Business School Press.

Simons, R. (2000). Performance measurement and control systems for implementing strategy. New Jersey: Prentice Hall PTR.

Starr, R., Newfrock, J., & Delurey, M. (2003, Spring). Enterprise resilience: managing risk in the networked economy. Strategy and Business, (30), 70-79. https://www.strategy-business.com/article/8375

Stephenson, A. (2010). Benchmarking the resilience in organizations. (Thesis PhD. University of Canterbury), New Zealand.

Van der Stede, W. A., Young, S. M., & Chen, C. X. (2005). Assessing the quality of evidence in empirical management accounting research: the case of survey studies. Accounting, Organizations and Society, 30(7), 655-684. https://doi.org/10.1016/j.aos.2005.01.003

Weick, K. E., & Sutcliffe, K. M. (2007). Managing the unexpected: resilient performance in an age of uncertainty (2nd ed.). San Francisco, CA: Jossey-Bass.

Whitehorn, G. (2011). Building business resilience. Keeping Good Companies, 63(7), 402-405.

Widener, S. K. (2007). An empirical analysis of the levers of control framework. Accounting, Organizations and Society, 32(7-8), 757-788. http://doi.org/10.1016/j.aos.2007.01.001

Publicado

2023-11-20

Como Citar

Bragueto Martins, D., & Frezatti, F. (2023). Uso do Controle Gerencial como Estímulo à Resiliência Organizacional: Survey Single Entity em uma Empresa do Setor de Derivados de Petróleo. Advances in Scientific and Applied Accounting, 16(3), 170–184/185. https://doi.org/10.14392/asaa.2023160308