FATORES CONTINGENCIAIS E O CONTROLE GERENCIAL: UMA AVALIAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) BRASILEIRAS

Authors

  • Alan Santos de Oliveira Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Antônio André Cunha Callado Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Keywords:

Fatores contingenciais, Controle Gerencial, ONGs.

Abstract

O objetivo deste artigo foi avaliar as relações entre os fatores contingenciais com as práticas referentes ao controle gerencial no âmbito de Organizações Não Governamentais (ONGs) brasileiras. Foi realizada uma pesquisa de campo, por meio de um survey por correspondência, com 43 organizações listadas na Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG). Os fatores contingenciais externos considerados no estudo foram concorrência ambiental, dinamismo ambiental e incerteza ambiental. Os fatores contingenciais internos considerados foram o tamanho, estratégia, estrutura, tecnologia, cultura e liderança. Em relação aos controles gerenciais analisados, foram considerados os seguintes: gerenciamento por projeto; orçamento; controle interno; custeio baseado em atividades; gestão baseada em valor; gestão baseada em atividades; custeio variável e custeio alvo; análise custo/volume/lucro; análise da cadeia de valor; balanced scorecard e demonstrações contábeis adaptáveis aos gestores. Para avaliar a intensidade e a direção das relações entre os controles gerenciais com os fatores contingenciais externos e internos, foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. O principal resultado em relação ao fator contingencial externo revelou que apenas a variável dinamismo apresentou relação direta e estatisticamente significante com um sistema de controle gerencial. No que tange aos resultados dos fatores contingenciais internos, exceto para o fator Tamanho, verificou-se diversas relações diretas e estatisticamente significantes com os controles gerenciais utilizados pelos presidentes e gestores das ONGs. Concluiu-se que as práticas de controle gerencial utilizadas pelos presidentes e gestores das ONGs são influenciadas por fatores contingenciais internos e externos.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Alan Santos de Oliveira, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Mestre em Cicias Conteis pelo Programa de P-Graduao em Cicias Conteis (PPGCC) da UFPB. Graduado em Cicias Conteis e Especialista em Controladoria e Auditoria pelo Centro Universitio de Jo Pessoa - UNIP Professor Assistente e Membro do Nleo Docente Estruturante do Centro Universitio de Jo Pessoa (UNIP . Tem experiência em pesquisas na área de contabilidade, com ênfase em Contabilidade para usuários internos.

Antônio André Cunha Callado, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Professor Titular do DADM/UFRPE. Bacharel em Administrao de Empresas pela Universidade de Fortaleza (1990), Mestre em Administrao na ea de Finans de Empresas pelo Curso de Mestrado em Administrao da Universidade Federal da Paraa (1994 - Bolsista CNPq), Doutor em Administrao na ea de Estratias Empresariais (linha de pesquisa em Finans) pelo Programa de P-Graduao em Administrao da Universidade Federal da Paraa (2001) e Doutor em Administrao na ea de Gest Organizacional (linha de pesquisa em Finans) pelo Programa de P-Graduao em Administrao da Universidade Federal de Pernambuco (2009). P-Doutorado em Controladoria pela University of Portsmouth (2013 - Bolsista CAPES). Coordenador do Programa de P-Graduao em Controladoria da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Membro do Corpo Docente Permanente do Programa de P-Graduaoem Cicias Conteis da Universidade Federal da Paraa. Atua em atividades de cooperao acadica internacional junto Portsmouth Business School (University of Portsmouth). Atua como membro do ComitExterno de Programa de P-Graduao em Administrao da Universidad Nacional del Sur (Argentina). Diretor Cientico da Associao Brasileira de Custos (2017-2018). Coordenador da ea de Controladoria e Contabilidade Gerencial da ANPCONT (2016-2017). Coordenador de diversas pesquisas financiadas pelo CNPq. Editor Responsel pelo Periico Eletrico Custos e Agronegio on line (ISSN 1808-2882) referenciado na lista QUALIS das eas de Administrao Plica e de Empresas, Cicias Conteis e Turismo, Desenvolvimento Urbano e Regional (Demografia), Agrias I, Economia, Engenharias I, Engenharias III, Interdisciplinar, Zootecnia/Recursos Pesqueiros. PrReitor de Planejamento da Universidade Federal Rural de Pernambuco (2000-2004). Ler do Grupo de Pesquisa em Administrao da UFRPE cadastrado na Plataforma Lattes do CNPq desde 2004. Desenvolve atividades de ensino e pesquisa sobre Gest de Custos, Mensurao de Desempenho e Finans. Avaliador Ad Hoc de diversos periicos nacionais e internacionais. Avaliador de trabalhos submetidos para diversos eventos acadicos.

References

Aboramadan, M., & Borgonovi, E. (2016). Strategic management practices as a key determinant of superior Non-Governmental Organizations Performance. Problems of management in the 21st century, 11 (2), 71-92.

Ahmed, Z. A. (2014). Management control issues in Non-Governmental Organisations (NGOs): an evaluation of contingency factors and potential for future research. Int. J. Managerial and Financial Accounting, 6(3), 251-271.

Akingbola, K. (2006). Strategic choices and change in non-profit organizations. Strategic Change, 15(6), 265-281.

Al-Ammary, J., & Hamad, S. (2012). Information technology for enhancing NGOs performance in the kingdom of BAHRAIN. International Journal of Electronic Commerce Studies, 3(1), 111-120.

Albuquerque, L. S., Lima, D. H. S., Martins, J. D. M., & Gonlves, L.S. (2009) Ormento como Ferramenta de Gest de Recursos Financeiros no Terceiro Setor: Um Estudo nas OSCIP do Semi-ido da Paraa. In: 6 Congresso USP de Iniciao Cientifica em Contabilidade. Anais... S Paulo: USP.

Anthony, R. N.; & Govindarajan, V. (2008). Sistemas de controle gerencial. S Paulo: McGraw Hill.

Arruda, L. L. (2012). Ferramentas de contabilidade gerencial no terceiro setor: um estudo comparativo entre as WWF Brasil e Itia. Dissertao (Mestrado) Programa de P Graduao em Contabilidade, Universidade Federal do Paran Curitiba.

Associao Brasileira de Organizaes n Governamentais (2016). Recuperado em 31, maio, 2016 de http://www.abong.org.br/

Benita, M. B; & Balcik, B. (2008). Performance measurement in humanitarian relief chains International Journal of Public Sector Management, 21(1), 4-25.

Beuren, I. M., & Fiorentin, M. (2014). Influcia de Fatores Contingenciais nos Atributos do Sistema de Contabilidade Gerencial: um estudo em empresas tteis do Estado do Rio Grande do Sul. Revista de Cicias da Administrao, 16(138),196-212.

Bititici, U. S.; Carrie, A. S.; & Mcdevitt, L. (1997). Integrated performance measurement systems: a development guide. International Journal of Operations & Production Management, 17(5), 522-34.

Chenhall, R. H. (2003). Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, Organizations and Society, 28(23), 127168.

________ (2005). Integrative strategic performance measurement systems, strategic alignment of manufacturing, learning and strategic outcomes: an exploratory study. Accounting, Organizations and Society, 30(5), 395-422.

Edwards, M. (1999). NGO performancewhat breeds success? New evidence from South Asia. World Development, 27(2), 361-374.

Espejo, M.M.S.B. (2008). Perfil dos atributos do sistema ormentio sob a perspectiva contingencial: uma abordagem multivariada. Tese de Doutorado em Cicias Conteis, Universidade de S Paulo, S Paulo, Brasil.

Ferreira, A., & Otley, D. (2009). The design and use of performance management systems: An extended framework for analysis, Management Accounting Research, 20(4), 263-282.

Godoy, J. G. V., & Raupp, F. M. (2017). Uso de Artefatos de Contabilidade Gerencial por Organizaes Sem Fins Lucrativos: um Estudo Multicasos Luz da Teoria da Contingcia. Sociedade, Contabilidade e Gest, 12(3), 70-87.

Gomes, R. C.; Liddle, J. (2009). The balanced scorecard as a performance management tool for third sector organizations: the case of the Arthur Bernardes foundation, Bazil. BAR, 6(4), 354-3666.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estattica. As Fundaes Privadas e Associaes Sem fins Lucrativos no Brasil. (2016). Recuperado em 16 maio, 2016, de ftp://ftp.ibge.gov.br/Fundacoes_Privadas_e_Associacoes/2010/fasfil.pdf.

Jillo, R. (2009). NGO Law Reform in Kenya: Incorporating Best Practices. International Journal of Not-For-Profit Law, 11(4), 4054.

Junqueira, E. R. (2010). Perfil do sistema de controle gerencial sob a perspectiva da teoria da contingcia. Tese de Doutorado em Cicias Conteis, Universidade de S Paulo, S Paulo, Brasil.

Kaplan, R. S. (2001). Strategic performance measurement and management in nonprofit organizations.

Nonprofit Management and Leadership, 11(3), 353-701.

Kareithi, R. N. M., & Lund, C. (2012). Review of NGO performance research published in academic journals between 1996 and 2008. South African Journal of Science, 108(11-12), 1-8.

Lavarda, C. E. F., Gorla, M. C., Lavarda, R. A., & Angonese, R. (2016). Influcia dos Fatores Contingenciais no Desenvolvimento do Sistema Ormentio em uma Empresa Brasileira de Manufatura Ttil. Revista Gest Org., 14(1), 115-124.

Lee, C., & Clerkin, R. M. (2017). The adoption of outcome measurement in human service nonprofits. Journal of Public and Nonprofit Affairs, 3(2), 111-134.

Lee, C.; Nowell, B. (2015). A Framework for Assessing the Performance of Nonprofit Organizations. American Journal of Evaluation, 36(3), 299-319.

Leite, E. G.; Diehl, C. A.; & Manvailer, R. H. M. (2015). Pricas de controladoria, desempenho e fatores contingenciais: um estudo em empresas atuantes no Brasil. Revista Universo Contil, 11(2), 85-107.

Mio, P.C., Alves, A.D.F., Carmo, J.P.S., Silva, A.P.B., & Jupetipe, F.K.N. (2013). A Utilizao de Instrumentos de Contabilidade Gerencial em Entidades do Terceiro Setor. Sociedade, Contabilidade e Gest, 8(1), 2013.

Medori, D.; & Steeple, D. (2000). A framework for auditing and enhancing performance measurement systems. International Journal of Operations & Production Management, 20(5), 520-33.

Nanavati, A. (2007). Performance Evaluation of Non-government Development Organizations: A Study in Vadodara, Gujarat. Journal of Health Management, 9(2), 275-299.

Neely, A., Gregory, M., & Platts, K. (1995). Performance measurement system design: a literature review and research agenda. International Journal of Operations & Production Management, 15(4), 80-116.

Neely, A. (2005). The evolution of performance measurement research: developments in the last decade and a research agenda for the next. International Journal of Operations & Production Management, 25(12), 1264-77.

Otley, D. T. (1980). The Contingency Theory of Management Accounting: Achievement and Prognosis. Accounting, Organizations and Society, 5(4), 413-428.

Poole, D. L.; Davis, J. K.; Reisman, J.; & Nelson, J. E. (2001). Improving the Quality of Outcome Evaluation Plans. Nonprofit Management and Leadership, 11(4), 405421.

Pun, K.F.; & White, A. S. (2005). A performance measurement paradigm for integrating strategy formulation: a review of systems and frameworks. International Journal of Management Reviews, 7(1), 49-71.

Ramadan, M. A., & Borgonovi, E. (2015). Performance Measurement and Management in Non Governmental Organizations. IOSR Journal of Business and Management, 17(2), 70-765.

Shepherd, C.; & Gunter, H. (2006). Measuring supply chain performance: current research and future directions. International Journal of Productivity and Performance Management, 55(4), 242-58.

Soares, E. A. R. (2006). Entidades Beneficentes de Assistcia Social Educacionais: uma investigao sobre a Medio de Desempenho Organizacional. Dissertao de Mestrado em Cicias Conteis (UnB, UFPE, UFPB, UFRN), Recife, Brasil.

Teelken, C. (2008). The intricate implementation of performance measurement systems: Exploring developments in professional-service organisations in the Dutch non-profit sector. International Review of Administrative Sciences, 74(4), 615-635.

Teixeira, M. L. M. (2006). Gest de ONGs de Pequeno e Mio Porte. Dissertao de Mestrado em Engenharia de Produo, Porto Alegre, Brasil.

Thomson, D. (2010). Exploring the role of funders performance reporting mandates in nonprofit performance measurement. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 39(4), 611-629.

Vanvelsor, E., Mccauley, C. D., & Ruderman, M. N. (2010). The center for creative leadership handbook of leadership development (Eds.), (122), Jossey-Bass, New York.

Wadongo, B. I. (2014). Performance management and evaluation in non-profit organisations: an embedded mixed methods approach. Thesis of Doctor of Philosophy in Management Accounting, University of Bedfordshire, UK.

Wadongo, B.; & Abdel-Kader, M. (2014). Contingency theory, performance management and organizational effectiveness in the third sector: A theoretical framework. International Journal of Productivity and Performance Management, 63(6), 680-703.

Waweru, N.; & Spraakman, G. (2009). The appropriateness of performance measurement systems in the services sector: Case studies from the micro finance sector in Kenya, AAA 2010 Management Accounting Section (MAS), Meeting Paper.

Zimmerman, J.; & Stevens, B. (2006). The Use of Performance Measurement in South Carolina Nonprofits. Non profit Management and Leadership,16(3), 315-327.

Downloads

Published

2018-04-30

How to Cite

Oliveira, A. S. de, & Callado, A. A. C. (2018). FATORES CONTINGENCIAIS E O CONTROLE GERENCIAL: UMA AVALIAÇÃO EM ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS) BRASILEIRAS. Advances in Scientific and Applied Accounting, 11(1), 092–109. Retrieved from https://asaa.emnuvens.com.br/asaa/article/view/426

Issue

v. 11, n. 1 jan-abr (2018)

Section

ARTICLES

License

Copyright for articles published in the ASAA Journal is held by the author, with first publication rights to the journal. By virtue of appearing in this publicly accessible journal, the articles are free to use, with their own attributions, in educational and non-commercial applications. The ASAA Journal will allow the use of published works for non-commercial purposes, including the right to submit the work to publicly accessible databases. Published articles are the authors' full and exclusive responsibility. There are no submission/publishing charges or fees for processing articles (APC).